terça-feira, 11 de novembro de 2008

Nota Informativa

Para quem, de entre a multidão que aflui a este nosso espaço, não se deu conta, existe na parte superior direita deste blog um quadrado mal enjorcado com uma imagem que vai variando de dia para dia. Não é motivo para me vir aqui gabar, visto esta ferramenta estar disponível para todos, mas só prova o quão cool eu e a minha Li somos ao colocar num confinado quadradinho de uns parcos pixeis verdadeiros colossos cósmicos. Mais, se clicarem sobre a imagem, quase como por magia, irá aparecer uma outra janela onde poderão ver essa mesma imagem maior e aprender mais coisas sobre o que estão a ver.

Hoje, dia 11 de Novembro de 2008, temos a Nebulosa da Tarântula. Uma imensa fábrica de estrelas com mil anos luz de diâmetro... Sendo que cada ano luz é qualquer coisa como 10 triliões de quilómetros, tentem se conseguirem, conceber o seu tamanho. Neste momento a 180,000 anos luz de distância, lá se encontra Ela na sua existência a parir estrelas, calculo que lentamente, e nós humanos, até há muito pouco tempo não tínhamos qualquer possibilidade de sequer a imaginar. Não deixa de ser curioso que objectos colossais como estes, embora não pensantes, tenham o poder de semear mundos e nós portadores de intelecto não tenhamos, até as fotografarmos, a capacidade de as pensar.

Por infortúnio do destino - ou não porque poderiam haver implicações que me escapam e que tornariam impossível a vida na Terra, mas vá lá, faz de conta que não - tivesse esta nebulosa "apenas" à mesma distância da nebulosa de Orion e veríamo-la pintar o céu nocturno do firmamento, ocupando uma área semelhante à de 60 luas. Não quero com isto criticar Deus por ter tido tão pouco primor ao escolher a nossa paisagem nocturna mas seria realmente interessante poder passar uma noite no Gerês a contemplar a "Tarântula" em vez de só o nosso pálido calhauzinho. Por outro lado se o nosso céu não fosse apenas o engodo que é, levantando só discretamente a ponta do véu das nossas questões fundamentais, talvez nem tivéssemos evoluído até este ponto em que grande parte da população praticamente consegue compreender sozinha os livros de instruções dos electródomesticos, quanto mais até ao ponto em que compreendemos o que é uma fábrica de estrelas.

Bem, tudo isto só para relembrar o quão cool somos. Nós, não a Humanidade, claro está. Mas não deixa de ser significativo que alguns de entre nós (eu não infelizmente) consigam arranjar forma de meter os tais 10 quintiliões de quilómetros num quadradito com uns 10 cm X 10 cm.

Como forma de homenagem a tudo isto que debitei, incluindo a possível falta de imaginação de Deus, deixo aqui uma montagem feita a correr, cruzando uma foto roubada ao Brilhando (não era esta que eu queria mas pronto) e a nossa Tarântula.

1 comentário:

Matos disse...

"seria realmente interessante poder passar uma noite no Gerês a contemplar a "Tarântula" em vez de só o nosso pálido calhauzinho"


:( <3